Por que existimos?


Por que precisa existir um Instituto voltado para a doação de órgãos?

Todos nós temos direito à vida. Mas e quando essa vida precisa ser renovada? E quando alguém precisa de uma nova chance para continuar vivendo?

Atualmente, no Brasil, quase 60 mil pessoas estão na espera por um transplante e é por meio da doação de órgãos que todas essas vidas podem ser salvas.

São pessoas cheias de sonhos e com algo em comum: todas aguardando uma nova chance digna de viver, todas à espera do “SIM” para a doação de órgãos. O mais incrível é que todos nós podemos contribuir com a causa, despertando a cultura doadora no Brasil. Como? Simples! Declarando-se doador(a) de órgãos e avisando nossas famílias sobre a nossa decisão.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a recusa para a doação de órgãos no Brasil é de mais de 44%. São pessoas e famílias que não concordam com a doação, geralmente por não saberem como funciona o processo como um todo e por não entenderem o que significa uma pessoa, após a morte, ser candidata à doação. Além de, provavelmente, não terem a menor ideia de quantas vidas podem ser salvas a partir desse ato de amor e empatia ao próximo e que a chance de uma pessoa precisar de um transplante de órgão é maior do que a possibilidade dela se tornar doadora.

Durante o ano de 2022, houve 13.195 notificações de potenciais doadores de órgãos.

Desse total de notificações, foram realizadas 7.598 entrevistas com as famílias dos potenciais doadores de órgãos.

Dessas entrevistas, 3.523 famílias negaram a doação de órgãos. Isto é, 46% deixaram de salvar outras vidas.

ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) / RBT 2022 (nº 4) Dimensionamento dos transplantes no Brasil em cada estado (página 26)

O Instituto Deixe Vivo trabalha para que as pessoas que necessitam de um transplante de órgão, fiquem cada vez menos tempo na lista de espera. Para isso, facilitamos por meio da informação e da educação a importância da doação de órgãos. Queremos preencher o vazio entre quem precisa de um novo órgão e quem pode doar e o vazio da falta de conhecimento sobre o tema. Acreditamos que a informação junto à educação sejam a chave para transformar pessoas, que por sua vez, transformarão o mundo com seu conhecimento, atitude e postura.

Com nossas ações, programas, serviços e campanhas, fomentamos e debatemos o tema “Educar para Despertar” dentro de diversos ambientes (escolas, empresas, eventos). E, por meio dos projetos do Instituto, viabilizamos às pessoas em tratamento, pessoas que aguardam em lista por um transplante, pacientes já transplantados e famílias doadoras: voz, acolhimento e representatividade.

Quanto mais pessoas informadas, quanto mais pessoas falando sobre doação de órgãos de forma correta, temos indiretamente - e teremos cada vez mais - um aumento do número de doadores que reflete na diminuição de pessoas esperando por um transplante e no tempo de espera por ele.

É um trabalho em equipe, resultado do despertar da cultura da doação de órgãos no Brasil.